O conceito de biomassa vegetal está associado ao aproveitamento energético da madeira que é resultante do manejo florestal, tipificado como uma atividade econômica de alto valor agregado e de sustentabilidade socioambiental relevantes.
Entretanto, dada a disponibilidade de cobertura vegetal exposta ao manejo e com capacidade econômica de retorno, a proposta de trabalho da Energia Verde na unidade de produção do Sítio Várzea do Gado preconiza o aproveitamento da componente mata-floresta, dos sistemas de Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF) e Agroecológico, como matéria para produção de biomassa vegetal a ser reintroduzido no sistema, como insumo nutricional ao rebanho, e para atividade extrativisma, principalmente a produção de óleos.
Assim, a produção de biomassa com finalidade de obtenção da energia térmica vegetal, será um produto acessório. Nas áreas de matas de reflorestamento, pretende-se, com manejo florestal, obter-se o aproveitamento integral, a ter como prioridade a produção e fornecimento de ração in natura e desidratada, e de óleos vegetais e essenciais.
Além disto, do manejo dos arvoredos da componente floresta do ILPF e sistema Agroecológico, deve-se obter frutas de colheitas sazonais, floras associadas a atividade de apicultura, folhas para produção de chás, sementes para produção de mudas ou comercialização, e madeira para produção de estacas, em menor escala.
Neste modelo de arranjo produtivo, a escolha das variedades a serem empregadas é uma etapa importante, tal como, a inventariação dos pomares e cobertura vegetal existente, com potencial de contribuição e integração ao sistema proposto.
Entre as variedades que podem ser aproveitadas e/ou adotadas estão: moringa, mamona, coco catolé, laranjeira, sabiá, gliricídia e plantas nativas da caatinga – todas devem cumprir múltiplas funções, essencial ao funcionamento do sistema.
Algunas dessas espécies são abundantes na região. O objetivo do projeto é integrá-las, obtendo o melhor aproveitamento e resultado sistêmico.
